Foi diante de uma plateia absolutamente encantada com as recém-inauguradas instalações dos Jardins de Soraya que o III Encontro Brasileiro de Serviços de Cuidados Paliativos foi oficialmente aberto na noite de quinta-feira, 21 de setembro.
O evento, que teve cerca de 150 inscritos, entre profissionais de serviços de diversos Estados, estudantes de graduação e membros de Ligas Acadêmicas de Cuidados Paliativos, foi concebido como um espaço para acolher as mais variadas experiências e atuações em Cuidados Paliativos espalhadas pelo Brasil.
“A concretude deste espaço é fruto do intelectual coletivo. […] Eu tenho um papel que talvez não seja mais necessário no futuro, pois acabo refletindo a competência das pessoas. Tenho o mérito de agregar, mas o talento está nas pessoas. Este encontro é fruto do esforço destes serviços que aqui estão”, destacou Dr. Samir Salman, diretor superintendente do Hospital Premier e idealizador do encontro.
A cerimônia de abertura foi iniciada com a fala dos representantes das instituições apoiadoras e realizadoras do evento e, na sequência, com discurso em áudio do filósofo, professor e pensador Leonardo Boff, que esteve no Premier em julho. Em seu breve discurso, destacou que o profissional de saúde deve ter o cuidado incorporado não apenas como a ética exigida de sua profissão, “mas como um projeto pessoal”.
A apresentação de Boff foi seguida de uma aula magna proferida pela Dra. Maria Goretti Maciel, médica de família e diretora do Instituto Paliar, que abordou a construção de redes e o futuro dos Cuidados Paliativos. Para ela, a construção das redes tem início no próprio núcleo familiar do paciente na relação de acolhimento mútuo com o profissional de saúde – cria-se então nessa primeira rede uma relação interpessoal de cuidado. “Nós somos abrigo uns dos outros”, disse.
Nova identidade visual
A abertura do III Encontro foi também uma ocasião especial na história do próprio Hospital Premier: na mesma noite foi lançada a nova logomarca da instituição, concebida pelo artista plástico Elifas Andreato, responsável pela série histórica de revistas sobre compositores da MPB e História do Samba, além de produções para capas de discos de artistas como Chico Buarque, Paulinho da Viola e Tom Jobim.
A logo foi reproduzida em tamanho natural nos Jardins de Soraya e descerrada pelo próprio Andreato e por Adel Ali Salman, membro da superintendência do hospital. Para o artista gráfiico, a logomarca deveria ser entendida como uma representação da entidade, o que não era transmitido na figura de edifício que compunha a logo anterior. Para ele, a nova identidade traduz “o acolhimento que o hospital direciona a seus pacientes”.
A noite foi encerrada com o concerto “Loucura Latina – canções ibéricas para Don Quijote”, apresentado pelo Coro Luther King e com direção artística e regência do maestro Martinho Lutero Galati, e seguida de um coquetel para todos os presentes.